Putin impede ingerências externas

31 de Janeiro de 2008

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou ontem que o seu país não permitirá qualquer ingerência externa nas eleições presidenciais, marcadas para 2 de Março.

Discursando numa reunião com a Direcção do Serviço Federal de Segurança (FSB, ex-KGB) da Rússia, Putin defendeu a necessidade de "incentivar o trabalho para recolher atempadamente informação sobre tentativas de ingerência nos nossos assuntos internos".

"Isto é particularmente importante se tivermos em conta as eleições do presidente da Rússia. O nosso país é um Estado soberano e não permitiremos que a campanha eleitoral seja corrigida ou alterada a partir do exterior", sublinhou.

"A tarefa de todas as estruturas e autoridades do Estado consiste em garantir o carácter democrático, a estabilização sócio-política, em dar a possibilidade aos cidadãos de fazerem uma escolha consciente e livre", concluiu Putin.

Estas declarações foram feitas no dia em que o Gabinete para Institutos Democráticos e Direitos do Homem da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) manifestou insatisfação face à quantidade de observadores convidados pela Comissão Eleitoral Central da Rússia para acompanharem as eleições presidenciais.

"No convite da Comissão Eleitoral Central da Rússia para as eleições presidenciais, há sérias limitações quanto ao número e prazos da missão dos observadores. Por exemplo, no convite escreve-se que os observadores podem chegar à Rússia a partir de 28 de Fevereiro", declarou Kertis Baden, porta-voz da OSCE, acrescentando que "isso é demasiado tarde".