29/01/2008 08:26
Jorge Franco
O PSDB iniciou nesta terça-feira (dia 29) o que está sendo chamado de "cruzada" contra os cartões corporativos do governo federal. Coube ao deputado federal Carlos Sampaio (SP) colher assinaturas para a instalação de uma CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito).
A Executiva Nacional do partido escolheu o deputado, porque em 2003, o tucano entrou com representação junto ao MPF (Ministério Público Federal) para que o excesso de gastos com cartões fosse investigado.
Somente agora, depois de quase cinco anos, o MPF- DF instaurou investigação sobre o caso. "Não podemos demorar mais. A cada ano aumentam os valores das despesas com cartões. Temos pressa em saber como esse dinheiro vem sendo gasto", disse deputado em entrevista para a Agência Tucana.
No ano passado, o governo federal consumiu R$ 75,6 milhões com crédito corporativo - um aumento de 129% em relação ao ano anterior. Entre as despesas de urgência questionável estão R$ 461,16 pagos pela ministra da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, em uma loja free shop em outubro de 2007. "Não sou contra os cartões corporativos, acredito que eles podem evitar a burocracia. O problema é o desvio de sua funcionalidade e o desrespeito aos critérios para seu uso", apontou o deputado.
Carlos Sampaio lembrou que o governo deixou de ceder informações alegando motivo de segurança nacional. "Compras de caixas de cerveja ou gastos em free shops são casos de segurança nacional? O desvio de dinheiro público é uma fraude e é por isso que pretendo recolher as assinaturas", assinalou. Sampaio acredita que a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito dará agilidade às investigações. "Uma CPI tem poder de juiz, pode convocar e requisitar dados. O Ministério Público demorou para instaurar investigação porque os órgãos competentes não responderam ou agiram de má fé", observou, acrescentando: "É importante que os colegas deputados demonstrem sua indignação ao Brasil. Se, por acaso, isso não for possível na Câmara, vamos buscar a instalação da comissão no Senado".
Na noite desta segunda-feira (dia 28), a Comissão de Ética Pública - que investiga irregularidades éticas envolvendo servidores e autoridades federais - pediu à Controladoria-Geral da União que apure o caso da ministra Matilde Ribeiro, que gastou dinheiro público em um free shop. O presidente do órgão, Marcílio Marques Moreira, disse que "pode haver" indícios de irregularidade nos gastos da ministra.
http://www.midiamax.com/view.php?mat_id=312968
Comentário:
Eu sou à favor de abolirem o cartão corporativo para acabarem com essa gastança do dinheiro público. Se aqui fosse um país sério isso nunca ocorreria. E o povo sabe do que ocorre e mesmo assim vota nos corruptos. Cada país tem o governo que merece.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário