terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Algumas considerações de Zhuge Liang para se administra um Estado

Quem foi Zhug Liang:
Zhuge Liang, um brilhante estratega e diplomata do Período dos Três Reinos (220-265), ficou famoso pela sua sabedoria e perspicácia.

Por volta do século III a. C., existiam no território chinês três reinos principais, o reino Wei, o reino Shu e o reino Wu. Zhuge Liang era o primeiro-ministro e comandante em chefe do reino Shu, que se encontrava em guerra contra o reino Wei, no norte.
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Zhuge Liang falando de como deve ser Administrado um Estado:
Nomeações

A política oficial de se fazer nomeações deve ser para promo­ver o honesto, colocando-o acima do trapaceiro. Governar o país é como governar o corpo. O caminho para se governar o corpo é alimentar o espírito; o caminho para se governar um país é promover o sábio. Busca-se a vida alimentando-se o espírito; busca-se a estabili­dade promovendo-se o sábio.

Assim, os servidores públicos são para a nação como os pila­res de uma casa. Os pilares não devem ser fracos, nem os servidores públicos. Quando os pilares são fracos, a casa cai; quando os servi­dores são fracos, a nação se desintegra. Portanto, o caminho para se governar uma nação é o de promover o honesto acima do trapaceiro. Desse modo, a nação torna-se segura.
Pilares do Estado

Para que os pilares sejam fortes, são necessárias árvores retas. Para ter servidores públicos sábios, são necessárias de pessoas ho­nestas. Arvores retas são encontradas em florestas distantes; pessoas honestas provêm das massas humildes. Portanto, quando os regentes fazem nomeações, precisam olhar para posições obscuras.

Algumas vezes, há pessoas sem privilégios que possuem algo de valor em si mesmas; algumas vezes, há pessoas com talento ex­traordinário que não são reconhecidas. Algumas vezes, há modelos de virtude que não são promovidos por causa de suas origens; algu­mas vezes, há pessoas que vivem na obscuridade de propósito.

Algumas vezes, há pessoas cumpridoras de seus deveres e cor-retas por razões puramente filosóficas ou religiosas. Algumas vezes, há pessoas leais, que são francas com os regentes, mas são difama­das pelas "panelinhas". Os reis antigos são lembrados por terem empregado desconhecidos, encontrando neles as qualidades huma­nas, por meio das quais eram capazes de trazer paz.

Avaliação e Demissão


A política oficial de avaliação e demissão deve ser a de promover o bom e demitir o mau. Uma liderança iluminada tem consciência de quem é bom e quem é mau por todo o reino, não ousando negligenciar os oficiais menores e os cidadãos, empregando o sábio e o bom e demitindo o ganancioso e o de caráter fraco.

Com uma liderança iluminada e bons cidadãos, os projetos são realizados, a nação é ordeira e os sábios são muitos. Esse é o caminho para se promover o bom e demitir o mau, expondo o que é aceitável e o que é censurável. Portanto, a política de avaliação e demissão significa esforço para se saber o que ofende o povo.

O que Ofende o Povo


Há cinco coisas que ofendem o povo:

1. Há funcionários locais que usam o escritório público para benefício pessoal, tirando vantagem imprópria de sua autoridade, segurando armas em uma das mãos e a vida das pessoas na outra, corrompendo os seus funcionários e sangrando as pessoas;

2. Há casos em que sérias ofensas recebem punições leves; há desigualdade perante a lei e os inocentes são submetidos a punições e até à execução. Algumas vezes, crimes graves são perdoados; os fortes são apoiados e os fracos, oprimidos. Punições severas são aplicadas, injustamente, torturando-se as pessoas para se chegar aos fatos;

3. Algumas vezes, há funcionários que desculpam o crime e o vício, punindo aqueles que protestam contra isso, cortando as vias de apelação e ocultando a verdade, saqueando e arruinando vidas, injusta e arbitrariamente;

4. Algumas vezes, há funcionários superiores que repetidamente mudam os chefes de departamento, de modo a monopolizar a administração do governo, favorecendo seus amigos e paren¬tes, enquanto ameaçam aqueles que não gostam dessa severidade injusta, opressiva em suas ações, prejudicial e ilegal. Eles também usam os impostos para obter lucro, enriquecendo a si mesmos e às suas famílias por meio da exação e da fraude;

5. Algumas vezes, os funcionários locais confeccionam prémios e benesses, projetos de bem-estar e gastos gerais, arbitrariamente determinando preços e medidas, fazendo com que as pessoas percam seus empregos.

Essas cinco coisas são prejudiciais às pessoas e quem quer que ssim se conduza deve ser demitido.

Alguns Comentarios:

Texto mais atual impossivel. Esse deve ser o caminho para o Brasil se ele quiser se desenvolver. Pois enaqunto os critérios de nomeação de cargos forem políticas e não a de capacidade, o Brasil sempre vai ser um país atrasado.

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