29/1/2008
BRASÍLIA - A análise dos gastos da ministra Matilde Ribeiro, da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, com o cartão corporativo da Presidência mostra que _ apesar de ela ter visitado 14 estados em 2007 _ a maior parte das despesas foi feita em São Paulo e Rio de Janeiro. Apontada como recordista de gastos com cartões, o total utilizado por ela nas supostas missões oficiais foi de R$156.386, o equivalente a R$13 mil mensais _ seu salário é de R$10,7 mil.
A maior parte dos gastos refere-se à locação de carros, R$114.780. Só as feitas no Rio e em São Paulo correspondem a 68% do total - R$78.054. Num único dia de maio (23), por exemplo, em viagem ao Rio, a ministra lançou sete pagamentos para a locadora Localiza, no valor total de R$9.627. O que chama mais a atenção é que, no mesmo dia, ela fez um pagamento de R$909 para a Localiza do Recife (PE) e outros três em São Paulo - R$1.705 e R$724 para a Localiza e R$253 para o Hotel Pestana _, o que indica que ela não esteve muito tempo no Rio.
Em São Paulo, para se hospedar, a ministra escolhe sempre o
Hotel Pestana, no Jardim Paulista, um hotel quatro estrelas. Dos 27 pagamentos de estadias de hotel feitos no decorrer do ano, em apenas três, ela ficou em outros hotéis de São Paulo.
Assistente social, nascida no interior de São Paulo, Matilde teve formação humilde e trabalha desde os 14 anos. Mas mostra muito bom gosto na escolha de seus restaurantes quando está na capital. Seu preferido é o Miski, na Alameda Joaquim Eugênio de Lima, especializado em comida árabe e próximo do hotel onde se hospeda. Só no dia 21 de junho, ela gastou R$322 no local. A lista inclui 14 restaurantes de boa gastronomia (Almanara, Gato que Ri, Tratoria do Sargento, À Mineira, Cantina Napolitana, entre outros).
No Rio, segundo estado mais visitado por ela em 2007, Matilde se hospeda sempre no luxuoso Hotel Glória. Para comer, seu endereço preferido é o requintado Empório Santa Fé, no Flamengo, onde seus gastos nunca foram inferiores a R$61. Em março, quando esteve no local, gastou R$172, por exemplo. Um dos casos que chamam a atenção nos extratos ocorreu em julho, quando ela esteve no Rio. No dia 16 daquele mês, ela usou o cartão para pagar R$226 em contas de restaurantes.
Apesar de os extratos mostrarem que Matilde não economiza o dinheiro público quando faz suas refeições em viagens, são os gastos com locação de carro o maior problema. É de abril o mais alto gasto com a locadora Localiza, de São Paulo. No dia 18, a ministra fez um lançamento de R$3.947. Nessa mesma semana, ela esteve hospedada no Hotel Glória do Rio, o que indica que não ficou longo período na capital paulista.
***
Comissão quer investigação
BRASÍLIA - A Comissão de Ética Pública, vinculada ao Palácio do Planalto, pediu à Controladoria Geral da União (CGU) que investigue indícios de crime supostamente cometido pela ministra da Promoção e Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, por uso do cartão de crédito corporativo do governo em restaurantes e free shop, à véspera do Natal. Os cinco membros do grupo ainda cobraram do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como pediram há um mês, a demissão do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que acumula a função com o cargo de presidente do PDT.
Após uma reunião que durou cerca de cinco horas, o presidente da comissão, Marcílio Marques Moreira, criticou Matilde Ribeiro, disse esperar de Lula uma decisão “ética” no caso de Lupi e ainda advertiu o primeiro escalão do governo que esteja atento às benesses oferecidas pelas empresas privadas durante o carnaval da Bahia e do Rio. Marcílio afirmou que os cinco membros da comissão _ duas cadeiras estão vagas _ decidiram enviar à CGU o caso de Matilde Ribeiro por considerarem que as compras da ministra podem ser um problema mais grave do que uma transgressão ética.
O presidente da comissão disse que “pode haver” indício de crime. “Pode vir a ser mais grave (do que a questão ética)”, disse ele. A uma pergunta se recomendaria a um funcionário público usar cartão corporativo em compras em free shop, ele respondeu: “Evidentemente que não, é claro que não”. Segundo Marcílio, a comissão, agora, espera que a CGU investigue o caso e diga se houve crime. Se disser que não, eles, então, voltarão à análise da questão ética.
http://www.correiodabahia.com.br/poder/noticia.asp?codigo=146680
Comentários: Além de racista é perdulária. Mas é fácil gastar um dinheiro que não se tenha batalhado para conseguir. Falta austeridade nos gastos do poder público. O governo poderia fazer corte em gastos que são muito excessivos e faz corte nos impostos fazendo a nação prosperar.
Como diria o grande estrategisa e politico chinês Zhuge Liang:
"Encorajeas pessoas emtrabalhos produtivos, não as prive de seu tempo. Reduza os impostos, não esgote os recursos delas. Deste modo o país fica rico e as famílias seguras"
Essa afirmação é super atual e complemento com os seguintes palavras de Chang Yu, escritor chinês que viveu na dinastia Song:
"Um soberano rodeado de pessoas certas prospera. Aquele que não conseguir isso cairá em ruína."
E Lula nomeando paspalhos como ministros vai apenas trazer desgraça ao Brasil.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário